MINI-CURSOS E OFICINAS


LISTA DE MINI-CURSOS

MINI-CURSO 1:
RELIGIOSIDADE NO BRASIL COLONIAL: AS IRMANDADES DE COR E A POSSIBILIDADE DE UMA INCLUSÃO SOCIAL
JANAÍNA SANTOS BEZERRA-Mestra
RAQUEL CRISTIANE MUNIZ FLORÊNCIO -Mestranda
RESUMO:
O presente mini-curso propõe-se a discutir o papel dos negros e pardos na sociedade colonial pernambucana no século XVIII, tendo como objeto de estudo as irmandades religiosas, em especial as de devoção a Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora do Livramento. A nossa proposta se volta para uma discussão em torno da posição social ocupada por estes sujeitos de cor no contexto colonial setecentista, diante da influência estatuto de pureza de sangue. O mini-curso consiste em introduzir uma reflexão sobre o estudo das irmandades religiosas, considerando-as como um local de inserção dos pardos e dos negros, dentro de uma sociedade restritiva e excludente.
Palavras chave: Irmandade. Inclusão social. Etnia.


MINI-CURSO 2:
ENTRE O ÍNTIMO E O PÚBLICO: ASPECTOS DE HISTORIA SOCIAL DA MÚSICA
LÍDIA RAFAELA NASCIMENTO DOS SANTOS – Mestranda UFPE
PAULO HENRIQUE FONTES CADENA – Mestrando UFPE
RESUMO:
A música não deve ser pensada em sua forma, pura e unicamente; todavia, é necessário estabelecê-la em um universo mais amplo, partindo do indivíduo para um grupo, ou seja, para a sociedade. Expressa os anseios de um tempo, todavia, não morre com o vindouro. Pensando nisso é que nos propomos refletir acerca de uma história social da música. Faremos uma breve retrospectiva da Música partindo da Europa Reformista do século XVI, quando há uma grande reforma, tomando formas oficiais e mais profanas e chegando ao Brasil dos dias atuais. Pensaremos a música não apenas como diversão, mas também, como fator de agregação ou difusão de pensamento ou até mesmo identificador dos indivíduos dentro da sociedade. Igrejas, ritos fúnebres, festas, a intimidade da casa, teatros, salões e até as ruas são espaços para a execução das peças. Diversas instituições preocupam-se em organizar grupos que se reúnem em torno da música. Em alguns casos como nas bandas militares no Brasil Império elas adquirem um destaque dentro da instituição. Além do que a música é parte central de um importante momento do cotidiano das pessoas: o lazer, sendo inclusive constitutiva deste. É sobre esse universo que pretendemos estudar.

MINI-CURSO 3:
UM CAMINHO BARROCO”
MAURÍCIO ROCHA DE CARVALHO - UFPE
Prof. Dr. Da área de Teoria e História da Arquitetura do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE; Arquiteto e Urbanista e Licenciado em Artes Plásticas pela UFPE; Especialista em História pela UNICAP e em Arte e Cultura Barroca pela UFOP; Mestre em História pela UFPE; Doutor em Teoria e História da Arquitetura pela Universitat Polytècnica de Catalunya – BCN – Espanha.
RESUMO:
O Curso “Um Caminho Barroco” tem por objetivo iniciar o aluno na apreciação e entendimento da arte barroca como início do processo de formação de uma iconologia artística brasileira. O conteúdo envolverá a apresentação dos pressupostos artísticos do estilo, mostrando-o desde sua origem na Itália do século XVII até o seu estabelecimento pleno no Brasil do século XVIII, através do filtro cultural português. O procedimento implicará na visualização da iconografia produzida, buscando instigar o entendimento da ideologia que a gerou e concentrando-se nos condicionantes que tornaram o Barroco na primeira manifestação de arte genuinamente nacional. Neste caminho, serão mostrados os elementos que definiram a produção luso-brasileira através de exemplos catalogados de todas as artes, bem como dos condicionantes de ordem natural, material e econômica que geraram as diversas manifestações locais, como a talha, a azulejaria e a cantaria em pedra lioz. Pretende-se que o aluno reconheça as diversas fases da arte barroca luso-brasileira para que possa entender a sua implicação na formação da cultura nacional.



MINI-CURSO 4:
A ARTE DOS PEDREIROS DO MAL: A PRESENÇA DA MAÇONARIA NA ARTE
ANDRE LUIZ G. SOARES – Arqueologia UFPE
THIAGO PAULINO - UNICAP
RESUMO:
A proposta para este mini-curso é criar um conceito sobre o que é a maçonaria e desmistificar as histórias que existem sobre a tal sociedade dita secreta e sobre as suas simbologias, mostrando a presença significante dos maçons e da arte maçônica tanto na arquitetura quanto nas artes cênicas, colocando em evidencia as obras artísticas que estão imbuídas direta e indiretamente. Teremos como objetivo neste mini-curso demonstrar as representações artísticas que venham a referenciar a presença da maçonaria no Estado de Pernambuco, assim como, desmistificar alguns símbolos maçônicos que estão presentes no imaginário da sociedade em geral. Como ferramenta metodológica, utilizaremos como exemplo algumas edificações, dos séculos XIX e XX, presentes no referido estado. Ainda como método, destacamos uma série de obras artísticas que possuem intrinsecamente símbolos e heráldicas da citada sociedade. Para finalizarmos esta proposta destacamos a nossa intenção em desmistificar alguns elementos históricos e “estóricos” existentes sobre a maçonaria e demonstrar como esta sociedade influenciou, muitas vezes de forma imperceptível, a arte e a arquitetura pernambucana.
Palavras-chave: história – arte – maçonaria



MINI-CURSO 5:
RETRATO E AUTO-RETRATO NA HISTÓRIA DA ARTE
NATÁLIA BARROS - UFPE
Professora do Colégio de Aplicação da UFPE/ doutoranda em História PPGH-UFPE
RESUMO:
Retratos e auto-retratos são mais do que esquemas pictóricos, são estruturas narrativas cujos significados iconográficos são profundamente engendrados pela cultura. São práticas artísticas cuja importância vai além do seu valor estético por envolver processos psicossociais importantes, como a identidade da pessoa retratada e a elaboração de sua auto-imagem. Além disso, estabelecem uma delicada relação entre artista, cliente e público. Os artistas plásticos do século XIX traduziam na tela, no papel e na placa de gravação o interesse pelo “eu”, deles próprios ou de outrem, reforçando o interesse dos seus contemporâneos pelo chamado “apetite biográfico”. Mas, retratos e auto-retratos foram produzidos antes e depois do XIX. Quais as utilizações destes gêneros na história? Como os sujeitos se apropriaram política e economicamente desta prática artística? Que narrativas individuais e coletivas foram construídas nas pinturas de retrato e auto-retrato? Como os artistas modernos e contemporâneos (re)inventaram esta tradição artística? São estes alguns dos questionamentos que nortearão o mini-curso Retrato e auto-retrato na história da arte. A proposta é entender a emergência deste gênero e as transformações de seus sentidos e significados, enfatizando, principalmente, suas relações com a cultura burguesa nos séculos XIX e XX.
Palavras-chaves: retrato, auto-retrato, história.


MINI-CURSO 6:

DO IMPÉRIO A REPÚBLICA: AS REPRESENTAÇÕES AFRO-BRASILEIRAS NAS CANTORIAS DO NORDESTE (1870-1930)

GERMANA GUIMARÃES GOMES – UFPB
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba.

FABIOLLA STELLA MARIS DE LEMOS FURTADO LEITE – UFPB

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba.

RESUMO:
Este mini-curso tem como objetivo principal a discussão sobre as populações afro-brasileiras nas cantorias do Nordeste entre os anos 1870 a 1930. Compreendendo o final do período Imperial e o início da primeira República, buscaremos identificar e evidenciar as representações estereotipadas e discriminantes construídas sobre estes povos. Para isso, daremos especial destaque a Literatura de Cordel e algumas obras clássicas do início do século XX tais como: “Cancioneiro do Norte”, “Cantadores”, “Vaqueiros e Cantadores” entre outras que compõem essa discussão. Através desse viés, possibilitaremos uma maior compreensão acerca das discussões étnico-raciais assim também como da Cultura Popular uma vez que focaremos em torno das cantorias no Nordeste.
Palavras- chaves: Império- República- Cantorias- Nordeste- Literatura de Cordel.

MINI-CURSO 7:

LITERATURA, POLÍTICA E ANCESTRALIDADES NEGRAS

GUSTAVO MANOEL DA SILVA GOMES – Mestrando / UFRPE
Mestrando em História Social da Cultura Regional pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Professor Substituto do Departamento de Educação da UFRPE.  Cursa a Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). É integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UFRPE); Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre História da Educação e Ensino de História em Pernambuco (NEPEPHE), do Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Linguagem (NIEL) e do Grupo de Estudos sobre Ensino e Saberes Históricos (GRESH).
JACILENE DOS SANTOS CLEMENTE – Mestranda / UFPE
Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É integrante do Grupo de Estudos sobre Ensino e Saberes Históricos (GRESH).

RESUMO:
Enquanto produção artística, a literatura é capaz de construir memórias, interferir na vida política, criar novas práticas culturais, mitos, dar ênfase a certos fatos e relegar outros ao esquecimento. Este minicurso propõe-se analisar algumas obras literárias africanas e afro-brasileiras, abarcando desde autores do século XX como Solano Trindade, até Domingos Caldas Barbosa do século XVIII, as obras ficcionistas com Machado de Assis, e as sensíveis palavras de Maria Firmina dos Reis autora do primeiro romance afro-descendente da língua portuguesa – Úrsula. Em relação à literatura africana, analisaremos produções literárias do Egito antigo, da cultura árabe e literatura africana de língua portuguesa (Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde). Problematizaremos essas produções literárias na (re)construção de identidades nacionais e o lugar dos negros e negras nessa construção, contextualizando os sujeitos responsáveis pela escrita dessas literaturas, que tornam sua escrita diferente daquelas que formam o conjunto das letras nacionais que legitimaram processos de dominação européia; analisaremos que memória histórica as obras literárias de autores negros preservam e como elas podem ser utilizadas para o ensino de história da África e da cultura afro-brasileira.
Palavras-chave: Literatura; História; Política; Ancestralidades Negras.

MINI-CURSO 8:
PENSANDO A ARTE CONTEMPORÂNEA NO RECIFE: DÉCADAS DE 60, 70 E 80

Raíza Ribeiro Cavalcanti – Mestranda em Sociologia- UFPE, Grupo P.I.A
Raquel Czarneski Borges – Mestranda em História- UFPE, Grupo P.I.A
RESUMO:
Este minicurso tem como objetivo refletir sobre a arte contemporânea no Recife nas décadas de 60, 70 e 80, contextualizando histórica e socialmente os trabalhos de artistas do período e promovendo um debate acerca da produção local. Para isto, pretende-se abordar, especificamente, o trabalho do artista Daniel Santiago, inserindo-o em um contexto mais amplo da produção artística no período. Daniel Santiago é um artista recifense que começa sua carreira em fins dos anos 50, sendo mais conhecido na década seguinte. No período que pretendemos abordar (1960 a 1980), o artista desenvolve trabalhos de questionamento político e cultural, promovendo a crítica, tanto da situação política brasileira, no auge da ditadura civil-militar, como o estatuto da arte local recifense, utilizando sua arte como veículo de provocação e reflexão, e fazendo da cidade, do corpo e de outros materiais efêmeros, objetos de sua arte. Dessa forma, pretendemos iniciar uma reflexão a partir de Daniel Santiago, sobre o surgimento da arte contemporânea no Recife e de experiências de outros artistas como Paulo Bruscky e Jomard Muniz de Brito, por exemplo, que fizeram da ironia, da interação com o público e da exploração do espaço urbano, elementos para a crítica social através da arte.
Palavras-chave: Arte Contemporânea – História do Recife – Daniel Santiago




LISTA DE OFICINAS

OFICINA 1:

CULTURA POPULAR: A ARTE E SUA REPRESENTAÇÃO COMO PATRIMÔNIO CULTURAL
JULIANA DA COSTA RAMOS (Graduanda – UFRPE)
LARISSA CARLA OLIVEIRA DA SILVA. (Graduanda – UFRPE)
RESUMO:
Galgamos aqui possibilitar discussões e incentivar a utilização da cultura popular sobre a ótica do patrimônio cultural como alternativa metodológica as práticas pedagógicas no ensino de História. Utilizando-nos da cultura popular como elo entre individuo e sociedade, possibilitando envolvimento e identificação do aluno com a escola e a comunidade, a partir da apropriação de objetos que fazem parte de sua cultura e identidade coletiva. Na busca de desenvolver o sentimento de pertença e de consciência cidadã. É através da ludicidade que dimensionaremos os conceitos supracitados a fim de lançar aos futuros docentes e/ou profissionais que já atuem com ensino de História, novas possibilidades de utilização da cultura popular e das artes, vislumbrando o patrimônio cultural como saber escolar e histórico.
Palavras-Chave: Cultura popular, Artes, Ensino de História e Patrimônio Cultural.

OFICINA 2:
UM DISCURSO MISÓGINO NOS FOLHETOS: A LITERATURA DE CORDEL E A LEI MARIA DA PENHA.
KALHIL GIBRAN MELO DE LUCENA - (Graduando - UFRPE)
Estudante de graduação do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Bolsista PIBIC/CNPQ/UFRPE.
MARCELO MELO DA SILVA (Graduando - UFRPE)
Estudante de graduação do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE. Bolsista PIBIC/CNPQ/FUNDAJ.

RESUMO:
O folheto de cordel é um tipo de leitura que se apresenta de forma dinâmica, descontraída e envolvente. A musicalidade inteligente dos seus versos permite ao leitor a possibilidade de instigar a imaginação, a criatividade e a construir conhecimento a partir das críticas, vivências e olhares plurais que o cordel se propõe a relatar. A forma como são idealizados permite, geralmente, a articulação com temáticas do cotidiano, podendo ser utilizado até mesmo como documento histórico. Entrementes, pode-se observar também que na maioria desses folhetos de cordel a figura feminina encontra-se à margem do discurso. Nesse ínterim, a presente oficina se propõe a fomentar discussões e problematizações acerca da representação da mulher na produção cordeliana, buscando nesse sentido traçar um panorama histórico do cordel e da misoginia presente nos folhetos. Assim, apresentaremos folhetos de cordéis que trazem essa perspectiva misógina e discutiremos as relações de gênero nos folhetos. A proposta desta oficina é também dialogar acerca da Lei Maria da Penha que é um mecanismo legal que objetiva promover a igualdade de gênero. A Lei abre a perspectiva dos direito humanos da mulher, contra a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Palavras-chave: Literatura de cordel, Misoginia, Lei Maria da Penha.

OFICINA 3:
ARTE DO DESLOCAMENTO: JOGOS PARA ATORES/PERFORMANCES AMADORES
                                                                         LUCAS LEAL – Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Educação - UNIRIO
Professor de História, Filosofia, Sociologia e Teatro com Licenciatura plena em História – UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco) (2007.1); Pós-graduação em Ensino de História das Artes e Religiões – UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) (2008.2); Especialização em Estudos cinematográficos – UNICAP (2010.1); estudante do curso de Bacharelado em Artes Cênicas – Habilitação em Teoria do Teatro – UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) (2010.1) – Bolsista do Programa Conexões de Saberes.RE
RESUMO:
A ideia é proporcionar técnicas do Teatro de invasão. Tipo de representação teatral que se faz sem aviso, se apropriando do espaço público como cenário. É a oportunidade de desenvolver experimento artístico que perpassa antes de tudo pelo crescimento de vida, de respeito ao que o mundo cultural já nos fornece. O ator/performance/amador que experimenta, está ao mesmo tempo se experimentando. Para o desenvolvimento do potencial artístico/performático é preciso treinamento. Há a necessidade de se trabalhar aspectos do corpo/mente dos participantes. Para tanto haverá exercícios práticos corporais; que se apropria de técnicas de lutas marciais; acrobacias; princípios do Le-parkour e energização do teatro antropológico. Pretende-se trabalhar aspectos técnicos da performance; desenvolvimento da ideia; organização; planejamento; execução.
Palavras-chave: Jogos teatrais; preparação corporal; performance.

OFICINA 4:
CONTEÚDOS E PRÁTICAS: FORMAS DE TRABALHAR COM O DESENHO EM SALA DE AULA
NIEDJA FERREIRA DOS SANTOS
Especialista em Arte Educação – UNICAP.
RESUMO
A oficina Conteúdos e Práticas: formas contemporâneas de trabalhar o desenho em sala de aula pretende refletir sobre a prática do ensino da arte e tem como objetivo promover sugestões que contemplem a atividade do desenho em sala de aula. Para tal serão apresentados textos que tratam desta temática, imagens e vídeos de artistas contemporâneos que trabalham com esta linguagem. Proporcionar atividades práticas, trazendo para a vivência dos participantes práticas artísticas que atendam as necessidades e as características do universo escolar, respeitando as suas especificidades. O Publico alvo são professores de artes e áreas afins, estudantes e interessados no tema.
Palavras-chave: Ensino da Arte. Desenho. Arte Contemporânea.

OFICINA 5:

MOVIMENTOS DE AXÉ: AS DANÇAS DOS ORIXÁS E A CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS HISTÓRICAS
GUSTAVO MANOEL DA SILVA GOMES -  Mestrando História - UFRPE

Mestrando em História Social da Cultura Regional pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Professor Substituto do Departamento de Educação da UFRPE.  Cursa a Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). É integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UFRPE); Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre História da Educação e Ensino de História em Pernambuco (NEPEPHE), do Núcleo Interdisciplinar de Estudos da Linguagem (NIEL) e do Grupo de Estudos sobre Ensino e Saberes Históricos (GRESH). Bailarino do afoxé Oxum Pandá; diretor, coreógrafo e bailarino do grupo de percussão e danças afro-brasileiras Obá Okê.


LUIZ DOMINGOS DO NASCIMENTO NEGO - Graduando - UFRPE

Graduando em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). É integrante do Grupo de Estudos sobre Ensino e Saberes Históricos (GRESH). Alagbê do afoxé Oxum Pandá; diretor e cantor do grupo de percussão e danças afro-brasileiras Obá Okê.


RESUMO:
Com o estabelecimento da lei nº 10.639/03 o ensino de História da África e da cultura afro-brasileira passou a ser obrigatório nas instituições de ensino. No entanto, as práticas culturais construídas historicamente na sociedade brasileira, como o preconceito e a discriminação, impõem diversos desafios ao exercício de práticas pedagógicas relacionadas com este tema. Isso corresponde a uma clivagem entre a teoria e a prática do cotidiano escolar. Esta oficina se propõe a discutir um pouco do mundo simbólico-religioso afro-brasileiro analisando como as danças dos orixás representam narrativas históricas que aludem à longínquas memórias coletivas de modo que sejam possibilitadas recriações coreográficas sobre esses mesmos signos. Para isso realizaremos abordagens teóricas e atividades práticas. A proposta visa fomentar mais uma possibilidade pedagógica para o ensino de história e cultura afro-brasileira a partir da dança enquanto expressão artística. 
Palavras-chave: Dança; orixás; narrativa histórica.

OFICINA 6:


PORQUE NOSSA GENTE NÃO FICOU NA COXIA: TEATRO PERNAMBUCANO E RESISTÊNCIA EM TEMPOS DE DITADURA CIVIL-MILITAR

JOSÉ RODRIGO DE ARAÚJO SILVA - Mestrando UFPB
DAYVISON LEANDRO DOS SANTOS - Pós- Graduado UPE

RESUMO:
A historiografia tradicional enfoca o eixo Rio - São Paulo enquanto lócus de resistência teatral durante o regime militar através da tríade Arena – Oficina – Opinião. A presente oficina surge enquanto proposta de resgate e valorização da cena teatral pernambucana em tempos de repressão durante o período da Ditadura Civil-Militar, cenário marcado pela pluralidade de tendências estéticas que necessitam ser desvendadas a luz do seu tempo, através da atuação dos movimentos sociais (estudantil, homossexual, feminista, operário) envolvidos no fazer artístico da época. Sendo assim, analisaremos a pauta teatral pernambucana adotada neste período, considerando a escolha do repertório enquanto reflexo de um posicionamento político-ideológico, assim como as táticas de superar as arbitrariedades da repressão. 
Palavras-chave: Ditadura – Repressão – Teatro – Censura – Resistência